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Pré-universitário Jenipapo Urucum, apoiado pela L'Oréal, abre nova turma para mulheres indígenas de todo o Brasil

Em três anos, a iniciativa já impactou cerca de 380 mulheres de diferentes regiões do País e já levou 29 mulheres a universidades

“Quando uma mulher indígena entra em uma universidade não é só ela que ganha, são os povos indígenas do Brasil”, afirma Rutian Pataxó, Coordenadora do curso Pré-Universitário Jenipapo Urucum. Com o objetivo de promover a educação e fomentar a representatividade de mulheres indígenas no ensino superior, a L’Oréal Brasil, por meio do Fundo L’Oréal Para Mulheres, apoia o programa Jenipapo Urucum, feito em parceria com a Associação Nacional de Ação Indigenista (Anaí).

O projeto prepara mulheres indígenas brasileiras com aulas online para as provas de acesso a universidades do País. Este ano, 83 alunas já deram início ao curso, mas as inscrições continuam abertas até o fim de abril de 2023. 

“Como líder mundial da beleza, temos o dever de contribuir para os desafios sociais que são enfrentados. O compromisso com o empoderamento de mulheres indígenas, participantes dos povos originários de nosso país, reforça nossa responsabilidade em prol de uma sociedade mais diversa, inclusiva e, principalmente, com a participação de grupos sub-representados em espaços que antes eram negados. O projeto Jenipapo Urucum é uma oportunidade estratégica de criar impacto positivo por meio da educação, promovendo mais inclusão no ensino superior e preservando a representatividade social”, destacou Helen Pedroso, Diretora de Responsabilidade Corporativa e Direitos Humanos da L'Oréal Brasil.

A iniciativa foi lançada em março de 2021, em um contexto de pandemia, para encorajar mulheres em situação de vulnerabilidade a darem continuidade aos seus estudos. Até hoje, 29 mulheres indígenas já foram aprovadas em universidades públicas e privadas.

Açucena Marinheiro, de 19 anos, hoje realiza seu sonho de cursar Direito na Universidade Estadual de Feira de Santana, na Bahia. Para ela, o suporte oferecido pelo curso foi muito importante para sua preparação.

“Eu tive professores ótimos, recebia muita assistência deles, não só no momento da aula, mas para tirar dúvidas, por mensagens, monitorias, aulas extras e simulados. Hoje, estando na universidade, eu vejo a importância de estarmos nesses ambientes, principalmente, por ser indígena. Eu me sinto muito realizada por ter entrado na universidade que eu sempre sonhei”, contou Açucena Marinheiro.  

O programa é uma das iniciativas do compromisso global da Companhia, o L’Oréal Para o Futuro, e foi financiado pelo Fundo L’Oréal para Mulheres, criado em 2020. A iniciativa promete investir 50 milhões de euros em apoio a projetos dedicados a mulheres em situação de vulnerabilidade, através da educação ou capacitação. 

No ano passado, a L'Oréal Brasil também conquistou o prêmio Faz Diferença, do jornal O Globo, na Categoria Diversidade, com o programa Pré-universitário.

As novidades do pré-vestibular para 2023

O curso, com duração de oito meses, oferece aulas virtuais de preparação para o vestibular, monitorias, aulões e simulados. As alunas também são assistidas por três monitoras indígenas para melhor atendimento e acompanhamento ao longo do curso.

Luciene Santana, da aldeia Boca da Mata, localizada no município de Porto Seguro, na Bahia, é uma das novas alunas do curso Jenipapo Urucum. Ela conta que ainda está decidindo entre os cursos de Psicologia, Fisioterapia e Gastronomia, mas que sua maior expectativa com o curso é fazer a prova do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) e ser aprovada em uma universidade pública. 

“Tenho muita gratidão por essa oportunidade de poder estudar novamente, de aprender e buscar novos conhecimentos. No curso Jenipapo Urucum, quero não só aprender, mas passar um pouco do meu conhecimento, da minha cultura para os professores e colegas. E espero aprender também com todos eles”, afirmou Luciene Santana.

Este ano, o curso também trará mais monitorias, incluindo as disciplinas de Humanidades, Redação e Linguagens. Além disso, também serão feitos aulões em parceria com o Quilombo Educacional Gbesa, pré-vestibular voltado para pessoas negras, estudantes ou egressas de instituições públicas de ensino. 

“O curso tem uma importância muito grande exatamente porque possibilita que mulheres indígenas possam ter a oportunidade de entrar na universidade. Sabemos das dificuldades da educação indígena. Quanto mais indígenas estiverem nas universidades, mais nossos conhecimentos serão visibilizados e cada vez mais poderemos contribuir com políticas públicas de qualidade para nossas comunidades”, comentou Rutian Pataxó.